Cidade de SP registra 105 casos de coqueluche em 2024 e prefeitura emite alerta aos serviços de saúde da capital
11/06/2024
(Foto: Reprodução) Doença infecciosa e de transmissão respiratória ocorre principalmente em crianças e bebês menores de um ano de idade. Até maio, eram 32 casos. Em junho, o total subiu para 105. Especialistas reforçam a importância da vacinação. Principal prevenção contra a coqueluche é a imunização
Odair Leal/Sesacre
A cidade de SP registra 105 casos de coqueluche em 2024. Por conta do aumento significativo, que ocorreu principalmente nos últimos meses, a prefeitura emitiu um alerta aos serviços de saúde públicos e privados da capital. Até maio, eram 32 casos. Em junho, o total subiu para 105.
O objetivo da medida, segundo a gestão municipal, é reforçar a importância da imunização contra a doença, e sensibilizar os profissionais de saúde para identificação precoce dos casos, notificação imediata e tratamento.
De acordo com a secretaria, nenhum óbito foi registrado até agora no município.
A coqueluche é uma doença infecciosa de transmissão respiratória, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Ocorre principalmente em crianças e bebês menores de um ano de idade.
Ela não é erradicada, ou seja, circula pelo país, o que reforça a importância de manter a vacinação atualizada. O tratamento é feito com antibióticos e está disponível nos serviços de saúde da cidade.
Em 2020, 2021, 2022 e 2023, os registros não passaram de 12 em cada ano. O número, porém, pode ser explicado pela pandemia de Covid-19, que restringiu o acesso ao sistema de saúde e fez com que doenças fossem subnotificadas.
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Número de casos da coqueluche aumentou nos últimos meses na capital paulista.
Reprodução TV TEM
As autoridades sanitárias da capital afirmam que a maioria dos casos está relacionada à ausência de vacina ou ao esquema vacinal incompleto.
"A imunização é a principal medida de prevenção da doença, por isso, a Secretaria Municipal da Saúde reforça a importância de se manter a vacinação atualizada", afirma a prefeitura.
A capital paulista tem pelo menos dois tipos de imunizantes disponíveis na rede pública de saúde:
Vacina coqueluche de células inteiras: destinada às crianças menores de 7 anos;
Vacina coqueluche acelular (vacina dTpa): destinada às gestantes, com o objetivo de conferir proteção aos recém-nascidos, seja pela passagem de anticorpos maternos ou indiretamente, por conferir imunidade para a mãe. Vacina-se também o grupo de profissionais de saúde que prestam atendimento a essa população de recém-nascidos.
Surto?
Para o infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, o cenário é preocupante, mas a doença não está fora de controle.
Em anos anteriores, os índices já foram mais elevados. Em 2014, por exemplo, a cidade teve ao menos 659 casos registrados, que causaram a morte de 16 crianças.
No ano anterior, 2013, o total de óbitos foi de 18, mas o número de casos foi quase a metade: 376 registros de crianças com coqueluche.